Como Emagrecer Após os 35 Sem Perder Massa Magra
A perda de peso após os 35 anos, especialmente para mulheres, envolve uma série de fatores fisiológicos e hormonais que tornam o processo diferente da juventude. O grande desafio nessa fase é emagrecer sem comprometer a massa magra, que tem papel central no metabolismo, na saúde óssea, na funcionalidade e na prevenção de doenças crônicas.
SAÚDE
7/1/20253 min ler


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Entendendo o Cenário Metabólico Pós-35
A partir dos 35 anos, começam a ocorrer alterações fisiológicas naturais, como:
Redução da taxa metabólica basal (TMB) – cerca de 1 a 2% por década, devido à perda progressiva de massa muscular (Janssen et al., 2000).
Mudanças hormonais – como a queda gradual de estrogênio e progesterona, impactando diretamente a composição corporal e a distribuição de gordura (Lovejoy et al., 2008).
Maior resistência à insulina – que pode dificultar a oxidação de gorduras e favorecer o acúmulo abdominal (Carr, 2003).
Essas alterações tornam o emagrecimento mais desafiador, mas não impossível. A estratégia precisa ser precisa e individualizada, priorizando a preservação da massa muscular (massa magra).
1. Aumente a Ingestão Proteica de Forma Distribuída
Estudos mostram que uma ingestão adequada de proteínas, em torno de 1,2 a 2,0 g/kg/dia, é fundamental para preservar massa magra durante a perda de peso (Phillips et al., 2016).
Além disso, distribuir as proteínas ao longo do dia (em todas as refeições) aumenta a síntese proteica muscular, o que é mais eficiente do que concentrar tudo em uma ou duas refeições (Areta et al., 2013).
Fontes recomendadas:
Ovos, peixes, carnes magras
Leguminosas
Proteína isolada (como whey), quando necessário
2. Inclua Exercício de Força na Rotina
O treinamento resistido é comprovadamente a melhor forma de preservar e aumentar a massa muscular em mulheres acima dos 35 (Hunter et al., 2004).
Treinos com carga moderada a alta, realizados 2 a 4 vezes por semana, promovem hipertrofia e manutenção de massa magra, além de melhorar a sensibilidade à insulina e a densidade mineral óssea.
❗ Exercícios aeróbicos não devem ser excluídos, mas devem ser combinados com musculação para melhores resultados.
3. Evite Déficits Calóricos Severos
Dietas com restrição energética muito agressiva podem causar perda significativa de massa magra, além de diminuir a taxa metabólica de repouso (Weiss et al., 2007).
O ideal é manter um déficit calórico leve a moderado (300 a 500 kcal/dia), associado a uma ingestão proteica adequada e ao exercício físico.
4. Considere Suplementação Baseada em Evidências
Creatina monohidratada: estudos apontam que o uso da creatina em mulheres adultas pode ajudar na preservação da massa magra e no desempenho muscular (Chilibeck et al., 2017).
Whey protein: melhora a composição corporal e auxilia na síntese proteica (Tang et al., 2009).
Vitamina D e ômega-3: podem modular a inflamação, melhorar a sensibilidade à insulina e auxiliar no controle hormonal.
Suplementação deve ser sempre prescrita com base na individualidade bioquímica e exames laboratoriais.
5. Durma Bem e Gerencie o Estresse
A privação de sono e o estresse crônico estão associados ao aumento da grelina (hormônio da fome), queda de leptina e aumento do cortisol, dificultando o emagrecimento (Spiegel et al., 2004; Adam & Epel, 2007).
Intervenções como:
Higiene do sono
Atividades relaxantes
Técnicas de respiração e mindfulness
têm mostrado impacto positivo no controle do peso corporal.
Conclusão
Emagrecer após os 35 anos sem perder massa magra requer uma abordagem científica, integrada e personalizada. A simples redução calórica, sem estratégia, pode ser prejudicial. O foco deve estar em:
Proteína adequada
Exercício de força regular
Déficit calórico controlado
Modulação hormonal e do estresse
Suporte profissional e avaliação contínua
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Referências Científicas:
Areta, J.L., et al. (2013). "Timing and distribution of protein ingestion during prolonged recovery from resistance exercise alters myofibrillar protein synthesis." J Physiol.
Carr, M. C. (2003). "The emergence of the metabolic syndrome with menopause." J Clin Endocrinol Metab.
Chilibeck, P.D., et al. (2017). "Creatine supplementation during resistance training in older adults." Appl Physiol Nutr Metab.
Hunter, G.R., et al. (2004). "Resistance training and intra-abdominal adipose tissue in older men and women." Med Sci Sports Exerc.
Lovejoy, J. C., et al. (2008). "Visceral adiposity and metabolic risk factors in healthy women after menopause." Obesity.
Phillips, S. M., et al. (2016). "Protein 'requirements' beyond the RDA: implications for optimizing health." Appl Physiol Nutr Metab.
Spiegel, K., et al. (2004). "Sleep loss: a novel risk factor for insulin resistance and Type 2 diabetes." J Appl Physiol.
Weiss, E. P., et al. (2007). "Caloric restriction and weight loss in overweight and obese individuals." JAMA.